domingo, 14 de dezembro de 2008

O juíz mais protegido do Brasil

Repórtagem com Gabriela Lian





"Era noite quando chegamos na casa do Dr. Odilon pela primeira vez. Desci do carro e me aproximei da campainha, mas não precisei tocar - o portão foi se abrindo e alguém veio nos receber. Eles estavam vendo a gente pelas câmeras, é isso? E viram a gente passando devagar procurando a casa, viram a baliza mal feita… até aí tudo bem.
O diferente é que “alguém”, nesse caso, eram três homens de terno armados com metralhadora. Todos muito legais, muito simpáticos, foram orientados sobre nossa chegada e nos convidaram a entrar. Mas como podíamos digerir aquele “fiquem à vontade”? Não tinha jeito, até sentei ali e me esforcei para conversar naturalmente com aqueles agentes enquanto aguardava o juiz, só que eu não conseguia tirar os olhos daquele armamento todo. Depois de três dias de gravação, eu já estava me acostumando com aquele cenário de filme de ação policial, até achando engraçado, para ser sincera. No entanto, eu estava me sentindo meio presa e vigiada. Se o Dr. Odilon se acostumou ou não com aquilo eu não sei, mas a sensação de viver daquele jeito não tem como mudar"

*Gabriela Lian

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